quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Sobre Reiki e as Outras Terapias...


Há algum tempo publiquei um texto onde falo dos equívocos criados ao se confundir a obra de Aleister Crowley, e mais especificamente o seu Thoth tarot, com a sua própria vida e personalidade. Há quem diga que o seu baralho é uma obra do “mal” porque o próprio Crowley era uma figura obcecada pelo poder, e o lado escuro, por assim dizer da magia. Esse tipo de engano é muito comum mesmo no meio dos estudiosos e pesquisadores de temas ocultos ou de ordem espiritual. O ego entra nesse embate muitas vezes fazendo que os buscadores se esqueçam de que o caminho evolutivo é de integração e não de divisão. Toda vez que definimos que “isso é bom e isto é mau” criamos exclusão, e afastamos de nós mesmos a possibilidade de aprender e crescer com aquilo que chamamos de sombrio, ou derivado do mal. A velha fórmula Luz x Sombra, ou Bem x Mal, gerou todo o conflito imaginável sobre a Terra! Ou seja, não serviu pra nada!
Eis que agora me deparo com uma declaração de uma amiga que ouviu de uma praticante de outra técnica terapêutica que está em moda atualmente (não vou citar o nome porque acho que não é o caso) de que esta técnica é “mais eficiente” de que o Reiki. Pois bem, não vou entrar aqui no mérito de que se a referida terapeuta está certa ou errada! Parece-me que esta pessoa, entretanto, ignora seriamente do que se trata o trabalho com a energia! Não é a técnica em si que detém o poder de abrir as portas da percepção e da conexão interior com fontes maiores de consciência, e mesmo de energia. Essa possibilidade mora dentro de cada pessoa, e depende exclusivamente de alguns fatores intransferíveis, como o grau evolutivo interior de cada um, e o comprometimento kármico com a questão que gera o desequilíbrio. Nenhum terapeuta ou terapia pode medir ou contornar isso. Sendo assim, uma pessoa que esteja pronta para se libertar de um processo kármico em sua vida, e que tenha evoluído suficientemente nesta, ou desde muitas outras vidas, poderá atingir os insights necessários para que sua compreensão liberte sua realidade, e que todas as energias e crenças limitantes se dissolvam. E isso pode se dar até a partir de uma técnica de incursão mais física num primeiro momento, e menos energética como a massagem ayurveda, por exemplo! Ao passo que outra pessoa que não esteja no mesmo ciclo evolutivo poderá contatar com uma das modernas terapias de dissolução de memórias e programações destrutivas ou densas, ou de acesso aos registros akáshicos, e tudo o que poderá obter é um alívio nos sintomas ou sofrimento. Isso ocorre porque NADA substitui o trabalho interno de desenvolvimento. A própria palavra “desenvolver” já diz, deixar de envolver-se com, assim sendo depende de uma atuação consciente e amadurecida. E esse é um caminho que ninguém pode percorrer por cada um de nós, não importa a eficiência da técnica ou a tarimba do terapeuta envolvido. 
Acredito que considerar esses fatores é fundamental para se levar adiante um trabalho holístico de terapia energética ou vibracional da Nova Era. Como também é fundamental que se entenda que cada terapia atua em diferentes faixas de frequência vibracional, assim como as pessoas segundo os já citados graus de evolução espiritual individual e envolvimento kármico com a situação geradora do desequilíbrio. Obtêm-se mais resultado quando se escolhe uma técnica terapêutica que atue na mesma faixa frequencial em que se está! E o único modo possível de se descobrir isso é testando e observando a si mesmo durante o processo. Por esse motivo considero mais saudável o caminho da experiência pessoal do que a pesquisa pela opinião alheia, que como vimos não raramente é saturada de desinformação ou preconceito!
Sobre o Reiki o que posso dizer é que se trata do reabastecimento do corpo físico e dos corpos sutis da energia “Ki” Universal, processo a partir do qual muitas curas ou reequilíbrios físicos e sutis podem ocorrer, mas nunca de modo programável ou previsível e é justamente isso que me encanta na prática Reiki nesses quase 20 anos de trabalho. O que não me faz desacreditar ou minimizar, de modo algum, a necessidade e a eficiência de quaisquer outras práticas energéticas e integrativas de consciência e cura.