quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Cuidados com o Baralho II

Lembrando que: Um baralho energizado não é igual a um baralho imundo...!

Olhem o estado dessas cartas...! Costumo perguntar aos meus alunos, que possuem faixa etária próxima da minha, se eles se lembram das antigas cartomantes que passavam uma vida toda com o mesmo baralho, e pergunto se lembram do fato de a grande maioria delas ter pelo menos uma das unhas dos dedos acinzentada... E, sim a maioria lembra! Adivinha? Era fungo! Papel é material orgânico, junta bactérias e elas podem sim dar fungos, por isso todo cuidado é pouco. É possível manter um baralho com as marcas do tempo, que afinal são os testemunhos da sua jornada, mas inteiramente limpo! Uso o mesmo baralho nas minhas leituras há 11 anos, e nem de longe se parece com as imagens que apresento a seguir.
Como eu digo no meu artigo anterior:
"Os baralhos, assim como nós, envelhecem. Não há como evitar que fiquem amarelados ou que suas cores descasquem, isso é natural! A própria fricção causada pelo ato de embaralhar mais a umidade natural do ambiente causam isso. Porém, como nós, ele podem e devem envelhecer com dignidade!"

Obs: Clique nas imagens para vê-las em tamanho natural


Esse deve ter sido passado inúmeras na fumaço do incenso para 
limparas vibrações densas, e com isso o carvão do incenso 
entranhou deixando essa aparência nojenta. 
Com certeza nunca foi limpo
com um pano úmido.


Esse tá impregnado com a sujeira do tempo mesmo, também 
nunca foi lavado com um pano umedecido em água mineral 
como faço com os meus... O resultado é esse!


Nem precisaria de legenda, essa imagem fala por si mesma...


Esse baralho é o mesmo que vimos em forma de mandala,
aqui vemos as imagens (e a sujeira) sob outro ângulo!

Leia também o texto original: Cuidados com o Baralho

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A Interpretação do Tarot...


"...É uma arte intuitiva que pode ser desenvolvida e aprimorada, mas não pode ser "criada"! Sim, temos todos intuição, mas nem por isso todos conseguem pensar abstrata ou simbolicamente. Assim como todos temos razão, e nem por isso todos são capazes de pensar lógica ou cientificamente..."

- Jaime E. Cannes 

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Aviso aos Navegantes...


Eis dois textos que postei no Facebook nos dias 09/07/2017 e 10/07/2017, sobre a doutrina do "modo certo e errado" de ler o Tarot, que ainda persiste nas redes sociais pelo Brasil a fora...

I

Ninguém é "meio tarólogo" só porque prefere fazer leituras se utilizando apenas dos arcanos maiores...! Isso vem do processo intuitivo de cada um e, portanto, é profundo, pessoal e intransferível! Já vi tarólogos fazerem descrições profundas usando este método, enquanto outros experts na utilização de todas as lâminas não chegaram nem perto...
Atualmente utilizo os setenta e oito arcanos misturados nas sessões presenciais de Tarot, mas por muitos anos fiz leituras só com os maiores, porque era apaixonado por um certo baralho que tinha mesmo apenas os vinte e dois trunfos. E, nas consultas online, ainda prefiro proceder deste modo!
Claro que aconselho a quem assumir o papel de professor de Tarot, que tenha sim um bom conhecimento e prática na interpretação dos dois conjuntos (maiores e menores) na lida com a tarologia. Afinal, você não pode levar o outro, com segurança, onde você mesmo nunca esteve, não é verdade?
II

Em função das respostas, dúvidas e colocações sobre a postagem do dia anterior, achei pertinente citar três princípios que considero fundamentais para quem está estudando o Tarot:

1° Entenda que NÃO EXISTE o jeito certo ou errado de se ler Tarot. E tão pouco o melhor método de leitura. Portanto se seu professor o ensinou que o melhor método de disposição das cartas é o americano, que mistura os arcanos maiores e menores, ou pelo contrário, que o melhor mesmo é o método europeu que separa arcanos maiores e menores nas leituras, e que um bom tarólogo usa sempre todos os arcanos sobre a mesa... Ou pelo contrário, se ele diz que não existe isso de arcanos menores, que toda a verdade está apenas nos vinte e dois trunfos, entenda que isso NÃO É uma verdade absoluta sobre o Tarot! Trata-se da visão do seu professor, baseada nas experiências e vivências dele. Elas devem ser consideradas sim, mas não devem inibir você de fazer suas experiências, e testar todas as formas e métodos de leitura! Você tem o direito de formar sua própria visão de tarologia!

2° Da mesma forma saiba que NÃO HÁ o melhor sistema de disposição das cartas! Não importa se disseram a você que a Mandala Astrológica é o mais abrangente, ou de que a Cruz Celta é o mais preciso... As leituras de Tarot são formas de ampliação da consciência tanto para leitores quanto para consulentes. A forma de disposição das cartas é o caminho pelo qual essa experiência se dará, portanto não pode ser imposta por regras ou convenções, simplesmente porque não faz sentido! Todo o trabalho dentro do mundo dos símbolos é de cunho intuitivo, e como já disse antes, é, portanto pessoal, profundo e intransferível! Daí vem o terceiro conselho...

3° Aprenda TUDO sobre Tarot, teste tudo também! Uma coisa é você deixar de fazer porque é um ignorante sobre o tema, ou que se deixou levar pela experiência, ou mesmo pela ignorância ou visão estreita de um outro professor ou autor. Outra coisa é ser alguém que explorou todas as possibilidades e acabou escolhendo as que melhor se adaptavam à sua visão de vida, intelectual e espiritual. No futuro, se escolher se tornar um professor de tarologia, lembre-se de dar a mesma liberdade ao seu aluno, estimule-o a testar outros métodos e sistemas conjuntamente aos que você ensinou. Afinal, não se trata mais só de você, mas da trajetória de outra pessoa... Seu dever é dar sim uma formação consistente e completa, mas também o de estimular a pesquisa interior e intuitiva, tanto quanto a racional e objetiva.