quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Os Traumas e as Crises no Tarot...


O Tarot e o Trauma...

Um cliente veio para sua primeira leitura de tarot, fiz uma Cruz Celta e em seguida uma **Leitura Cabalística, e no mundo de Yetzirah ele tinha Rainha de copas em NetzachRei de copas em Hod e 3 de espadas em Yesod... E eu disse: “Tem uma ligação afetiva ferida aqui, uma conexão de amor sofrida e que ainda ecoa em vocês”... Ele acenou positivamente com a cabeça... Depois me relatando a história disse: “Há alguns anos terminou uma relação que durou sete anos, e que pensei ser para toda a vida. Nunca trai nem pensei noutra mulher nesse tempo e, de repente, ela termina tudo!”. Ele ficou sem saber o que fazer ou o que sentir (Rainha de copas), e nunca mais conseguiu se entregar a um único relacionamento (Rei de copas)... O 3 de espadas em Yesod (que simboliza as imagens do inconsciente) me passou a clara sensação de um trauma introjetado, e ele o pressentia não aceitando esse seu comportamento... Quando usei a palavra “trauma” ele acenou positivamente com a cabeça outra vez, mas dessa vez com ares de espanto, como se tivesse reconhecido que fazia todo o sentido o emprego da palavra. Eu falei que ele precisava de ajuda para tratar aquilo, e ele disse que finalmente tinha reconhecido isso. Estava em terapia desde janeiro deste ano...  Comentou sua vontade de usar o reiki como suporte do tratamento e pediu explicações. Indiquei também florais para auxiliar no processo de reconhecimento e tratamento do trauma... O tarot é mesmo mágico!

Crises são Necessárias...

Crises são necessárias, porque ninguém cria algo que seja necessário dentro de uma zona de conforto. O problema é quando deixamos a crise se esparramar pelo nosso emocional, e nos tornamos críticos demais. Essa semana atendi um rapaz que, de cara, trazia um Ás de copas (a vocação da alma) cruzado pelo arcano de A Torre (senhora das crises grandes)... Estava em conflito com a sua vocação de alma (a arte e o mundo da criação). Havia muitas cartas do naipe de copas (emocionalidade exacerbada), e uma Rainha de espadas no seu consciente que representava a porção impiedosa da psique dele para com ele mesmo, que era crítica demais, dura demais, e o fazia olhar para o futuro como um 5 de ouros: invalidado, com medo da pobreza, e da perda do respeito e do amor daqueles que lhes eram caros... Felizmente A Imperatriz o esperava no fim da Cruz Celta, parecia lhe dizer: “Calma! A crise o faz querer ser melhor, o faz querer se aperfeiçoar”. A crise é o caminho da excelência, a menos quando nossa autoestima está precisando de reforços por causa de outras batalhas perdidas... A Morte marcava sua personalidade, estava entristecido, lúgubre, sem forças vitais. Em seguida ele confessou que andava tendo pensamentos suicidas! Perguntei se ele já havia feito terapia antes, ele disse que sim. Recomendei que voltasse, ia precisar de um empuxo extra pra transformar o combustível da crise num movimento de transmutação.

**Leia também: A Leitura Cabalística