sábado, 1 de junho de 2013

Tarot & Psicologia

A Parceria entre 
Tarólogos e Psicólogos

Tenho insistido para tirar do tarot a linguagem psicológica excessiva que se instaurou sobre ele nos últimos tempos e penso que este é um trabalho que deve ser feito. O estudo da tarologia pode sim ajudar muito no processo de desenvolvimento pessoal e até auxiliar o trabalho psicológico ao acessar através dos símbolos temas que podem demorar muito para vir à tona nas sessões de terapia. Sim, isso dá uma boa parceria, porém o que tenho dito é que nenhum pode substituir o outro! E que se há um ponto em que sua linguagem converge, há outros em que ela também diverge. O ponto mais divergente, sem dúvida, é o que trata da sondagem das probabilidades futuras. Enquanto o tratamento psicológico se detém no agora, ou no passado, a tarologia permite um olhar sobre o amanhã não como um destino infalível, mas como um panorama do porvir levando sempre em consideração as atuações e escolhas que estão sendo feitas hoje, auxiliando assim a considerar as melhores possibilidades de ação. Isso claro, quando o tarólogo age com responsabilidade em relação a sua atividade e entende qual é de fato seu papel junto a cada pessoa que o procura!
O 4 de paus, do Osho Zen tarot, 
a combinação de esforços por 
um objetivo em comum.
Muitas vezes tive a oportunidade de trabalhar em parceria com psicólogos que recomendavam seus clientes a vir consultar as cartas comigo com a expressa recomendação de gravar as consultas. Assim as sessões poderiam ser ouvidas depois conjuntamente pelo paciente e seu terapeuta para que as questões levantadas fossem trabalhadas. A grande vantagem do tarot enquanto sistema simbólico oracular é a de relacionar as coisas de um dado período de tempo da vida de quem se consulta interligando os fatos e captando suas influências e interações mútuas. Certa vez uma cliente veio até mim para eu ler o tarot e os arcanos revelaram que ela era uma pessoa com grande avidez de conhecimento, o que ela confirmou dizendo que tinha quase uma compulsão por cursos de todo o tipo, de bordado a regressão de vidas passadas!...  A leitura ressaltou uma combinação entre valete de ouros e 3 de espadas, indicando que ela recorria a esse expediente para passar o maior tempo possível fora de casa e não confrontar com coisas que a incomodavam, tanto em sua relação de casamento quanto na vida familiar. Ela me olhou um tanto surpresa e disse que as coisas no âmbito íntimo estavam “mais ou menos” e que ela entendia que essa sua busca por tanto conhecimento se dava por uma necessidade de achar sua verdadeira vocação de alma, coisa que segundo ela, ainda não ocorrera. 
O guia interno se expressa através 
dos símbolos arquetípicos do tarot.

Quase dois anos se passaram e ela voltou dizendo que desde o dia de nosso encontro ficou com aquilo na cabeça até que acabou por admitir para si mesma que o que o tarot tinha revelado era a mais pura verdade! Decidiu então colocar as coisas às claras com o marido numa conversa franca, e para sua surpresa ouviu da parte dele coisas que nunca pensou que ouviria. Ou seja, o que ela pensou que estava “mais ou menos” estava na verdade bem pra menos. Sinto que se ela estivesse fazendo algum trabalho terapêutico desde o primeiro dia em que me consultou e depois trabalhasse aquela revelação com seu terapeuta tudo teria sido bem diferente! Com certeza escolheria um momento e um modo melhor de abordar o assunto com seu parceiro. Refletiria melhor sobre o que de fato a incomodava e suas origens... Vi isso funcionar com outros casos em que trabalhei nessas parcerias entre oráculo e terapia de modo muito mais do que satisfatório!
O tarot permite uma sondagem 
do mundo interior de um modo intuitivo, 
lúdico e profundo ao mesmo tempo.
Quando uma pessoa me procura eu costumo avaliar bem se ela precisa iniciar um tratamento complementar como reiki e florais, com que eu também trabalho, ou se precisa de um tratamento mais convencional ou racionalizado como costumam ser as psicoterapias. Algumas pessoas necessitam de abordagens mais direcionadas mentalmente para encontram seu equilíbrio interno, como o caso que citei a pouco. Outras, no entanto precisam de trabalhos mais sutis como o que é feito através dos símbolos e das energias como do reiki e dos florais. Por isso não há o risco de ninguém estar perdendo cliente para ninguém! Há espaço para ambas as perspectivas e que podem inclusive colaborar entre si com indicações mútuas para o benefício de todos, e principalmente, daquele que está em tratamento. Tive a oportunidade de comprovar isso trabalhando intensamente com três psicólogos, que também eram meus clientes, durante um mesmo período de aproximadamente seis anos. Acho que essa possibilidade de intercâmbio e trabalho conjunto tarólogo-psicólogo se deu comigo por dois motivos básicos: esses profissionais notaram minha necessidade de extrair o máximo do trabalho com os símbolos tarológicos. eu não tento fazer psicologia, apenas leio as cartas, relaciono os acontecimentos do modo como eles se apresentam e tento mostrar isso da forma mais clara e simples possível ao meu cliente visando seu desenvolvimento.
Com o tempo ficou evidente para mim que tarot e psicologia não são totalmente excludentes, mas sim duas perspectivas diferenciadas de uma mesma matéria: a alma humana!

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