O fogo é o mais imaterial dos elementos. Não pode ser medido ou tocado. Ele simplesmente existe ou não e seus efeitos podem ser apenas controlados ou evitados. A interação direta com o fogo muda a natureza química das coisas ou as destrói. É por excelência o elemento da mudança, do movimento e da evolução. Suas labaredas sempre buscam o mais alto até se consumirem. Possui um caráter libertador profundamente inserido no inconsciente coletivo da humanidade. Quando o homem primitivo descobriu o fogo ele irrompeu com o temor da escuridão e com o cerco dos predadores que, aproveitando-se da cegueira noturna dos seres humanos, o tornaram uma de suas presas favoritas. Os próprios animais selvagens têm medo do fogo e de caça passamos a caçadores e predadores vorazes. O fogo também é o símbolo do otimismo, da vontade inflamada e aguerrida, dos embates e do drama das empreitadas. Esse é o elemento da autoconfiança, da valentia, da ousadia e do poder ígneo que habita dentro de nós.
Ao redor do fogo os homens se reuniam para decidir os destinos dos clãs ou para comemorar casamentos e nascimentos, além dos ciclos sazonais da terra, como solstícios e equinócios. Foi com o fogo que o homem aprendeu a cozinhar os alimentos e a forjar armas e instrumentos. Os primeiros artesãos usavam de muita energia física para realizar seus trabalhos. Os rituais de colheita e de celebração ancestral também exigiam isso, por isso o fogo é o elemento da criatividade e de todas as atividades físicas, dos esportes ao sexo.
O calor do fogo convida desde tempos imemoriais a humanidade a se encontrar ao redor de suas chamas, é um elemento de aconchego, ternura, carinho e intimidade, desde que não muito prolongada ou restritiva. Expressar-se é uma necessidade do fogo e quando contido se apaga. No tarot é representado pelo naipe de paus que abrange todas as características antes citadas. Sua simplicidade de atuação o faz ser um naipe cativante sob todos os pontos de vista. Por outro lado o não ser contido indica pressa e impaciência com ritmos mais suaves ou lentos, assim como confere um tom mais ríspido ou dramático nas suas colocações. As personalidades ígneas são pequenas fogueiras personalizadas que exigem que os outros se reúnam em torno de si, ou seja, querem atenção e exigem ser atendidas! Muito embora tenham por costume dar o mesmo tipo de cuidado. Assim como o fogo é destruído ao ser contido de alguma forma, os obstáculos para realizar qualquer coisa aniquilam o seu interesse em levá-los adiante! As cartas numeradas de 1 a 10 são uma alegoria da trajetória de nossa própria ação criativa no sentido de mudar ou evoluir.
O calor do fogo convida desde tempos imemoriais a humanidade a se encontrar ao redor de suas chamas, é um elemento de aconchego, ternura, carinho e intimidade, desde que não muito prolongada ou restritiva. Expressar-se é uma necessidade do fogo e quando contido se apaga. No tarot é representado pelo naipe de paus que abrange todas as características antes citadas. Sua simplicidade de atuação o faz ser um naipe cativante sob todos os pontos de vista. Por outro lado o não ser contido indica pressa e impaciência com ritmos mais suaves ou lentos, assim como confere um tom mais ríspido ou dramático nas suas colocações. As personalidades ígneas são pequenas fogueiras personalizadas que exigem que os outros se reúnam em torno de si, ou seja, querem atenção e exigem ser atendidas! Muito embora tenham por costume dar o mesmo tipo de cuidado. Assim como o fogo é destruído ao ser contido de alguma forma, os obstáculos para realizar qualquer coisa aniquilam o seu interesse em levá-los adiante! As cartas numeradas de 1 a 10 são uma alegoria da trajetória de nossa própria ação criativa no sentido de mudar ou evoluir.
Rei de paus – O ar do fogo. O líder incentivador, aquele que ergue a plateia e a inspira a fazer algo. Cativante, sedutor e inspirador. É defensor dos mais fracos, mas prefere ensinar a pescar a dar o peixe. Tem o poder de ser e fazer o que quiser pela simples confiança em si mesmo. É forte, másculo e empreendedor, sabe se tornar o centro das atenções. Representa uma saída vigorosa para a luz da vida.
Rainha de paus – A água do fogo. É terna, generosa, carinhosa e muito sensual. Ama o lar, a família, e os amigos e sente uma compulsão em cuidar deles e defendê-los (mesmo que não lhe peçam ajuda). Compartilha tudo o que tem de melhor. Acredita que a vida é uma troca em que quanto mais se dá, mais se recebe. Não guarda nem segredos, nem vantagens, pois também crê no seu poder, como o seu rei.
Cavaleiro de paus – O fogo do fogo. É intenso, envolvente e arrebatador, ama a ideia de sucesso e evolução em todos os sentidos. Gosta de focar-se para fazer qualquer coisa e aprecia a mudança. Acredita que tudo sempre pode ficar melhor e que nada é impossível, sua atenção está sempre voltada para as qualidades luminosas. Sua sombra é a do jovem bruto, arrogante, impaciente e sem vínculos.
Valete de paus – A terra do fogo. Um corpo cheio de energia. Alegre, irrequieto, ousado, mas despretensioso. Gosta e precisa expressar-se criativamente, assim como movimentar-se em coisas como dança, teatro, exercícios ou esportes. Ama o aspecto lúdico da vida e faz o tipo que “não esquenta a cabeça”. Odeia restrições e regras. Tem grandes ideias, mas não se apega a elas. O novo e o criativo o excitam. Sua sombra é a do irresponsável e imaturo.
Ás de paus – O contato com a fonte. A conexão com o poder ígneo dentro de nós, a força criativa e fertilizadora em todos os sentidos. Os novos começos impactantes e realmente transformadores. A força renovadora do fogo que muda o próprio ser tanto quanto o mundo ao seu redor. Disposição e força transbordantes. Energizar, vitalizar, iluminar.
2 de paus – Pleno domínio de si mesmo e ou de uma situação. Estar pleno de força e energia para iniciar algo. Prontidão para agir. Avaliação das possibilidades presentes e a capacidade de responder prontamente a partir de um centro interno de direção, algo como alguém que sabe o que quer e como fazer para alcançá-lo. À espera apenas por uma oportunidade.
3 de paus – Experienciar o novo. Uma saída para o radicalmente novo como uma forma de expandir-se e testar a si mesmo. Encontro de um caminho que leva ao desconhecido. Uma abertura para novas possibilidades e oportunidades. Possibilidade de mudança ou viagem à vista. Ver a si mesmo dentro de uma situação diferente ou oposta a tudo o que já foi vivido.
4 de paus – Unir-se a outros para realizar algo. Nesse arcano a força de um só não basta, a união com semelhantes é o caminho natural. Intensa troca entre parceiros, muitas vezes até simbiótica. Grupos de apoio, ou terapia, trabalhos em grupo, parcerias. Pode até indicar uniões amorosas e ou familiares com uma interação para além do comum. Sua sombra é o da individualidade que é sufocada pela demanda do grupo.
5 de paus – O que antes funcionava perfeitamente bem agora começa a ficar disfuncional. O fogo foi contido e começa a morrer! Frustrações, as coisas não saem mais como se gostaria, atrasos, demora e um descontentamento evidente com o andar dos acontecimentos ou com o fato de se estar envolvido numa determinada situação. É o arcano dos conflitos e da dificuldade de andamento das coisas.
6 de paus – Vitória e sucesso indubitável. Os conflitos passados foram vencidos e o indivíduo se ergue vitorioso e autoconfiante. A confiança em si mesmo, nos seus méritos e merecimentos encontra aqui o seu ápice mais elevado! Êxito brilhante, o encontro com o aplauso dos outros. Fama. A sua sombra é a dependência do sucesso e do reconhecimento alheio que acaba com a autoconfiança. Orgulho. O sucesso vem e vai, aceite isso!
7 de paus- O desejo de auto-superação. O showman, aquele que quer ir além dos próprios feitos. Trabalhar, vencer e construir mais que qualquer um. Chega muito perto do próprio limite para mostrar algo ao mundo ou a si mesmo. O fazedor. Não crê que outros façam se ele não fizer, ou que façam tão bem quanto ele. Sua sombra é a profunda insatisfação consigo mesmo e seus feitos. O recordista do Guinness, tem de fazer algo estranho e extremo para ser notado ou não se sentir um inútil. Estresse, ansiedade.
8 de paus – A tensão subitamente se desfaz, um esclarecimento interior traz outra perspectiva sobre a situação antes vivida. Como um músculo retesado ao máximo que de repente descontrai. Abertura, viagem, mudança, tudo rápido e repentino que exige uma abertura interior a nova situação. O movimento de um estado de ser para outro ou de um lugar para o próximo.
9 de paus – A nova situação possibilita o reconhecimento do tanto de energia que se estava usando em coisas pouco gratificantes ou de pouco sentido, quer seja um casamento, uma amizade, trabalho ou ideal. Surge a percepção do quanto se estava lutando e se esforçando de modo solitário. Como num navio de um único tripulante. O trabalho de Sísifo. Cansaço, exaustão.
10 de paus – Os esforços numa única direção. O foco é natural no elemento fogo, as labaredas sempre queimam numa única direção. No afã de realizar algo o foco ficou excessivo e outros aspectos da vida foram suprimidos. Como o pai (mãe) de família que trabalha demais e esquece de nutrir os laços afetivos com os seus. O sentimento de se estar oprimido e sufocado dentro de uma situação intolerável, porém complicada de mudar.
Excelente texto!Boa semana!
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