O Eremita, o Senhor de si mesmo e de sua jornada; ou se nutre de sua solidão ou sofre com ela. |
Um homem de meia idade confessa que nunca se relacionou com ninguém de modo profundo e continuado. Procurou o tarot para, entre outras coisas, saber se ainda viveria isso um dia... Na posição 2 da leitura da Elipse de Sete Cartas, posição que representa o seu momento, surge o arcano de O Eremita. E me pareceu claro que até aquele momento ele havia se acostumado com a sua solidão! Ele acenou positivamente com a cabeça. Depois na posição 4, do que fazer sobre o momento, apareceu o 4 de espadas indicando que ele precisava abaixar suas fronteiras, eliminar suas defesas e se tornar mais acessível ou vulnerável! Por fim, na posição 6, dos medos e ou esperanças, o Cavaleiro de ouros deixou bem nítido o quanto ele tinha medo de que a entrada de uma parceria amorosa roubasse dos seus hábitos solitários e extremamente disciplinados. Ao final desta leitura falamos sobre ele se tornar mais aberto e vulnerável, não como alguém fraco, mas como alguém aberto e de maior acessibilidade. Eis que então ele diz que esperava que o "Universo" enviasse alguém para ele... Ou seja, a fantasia de que o Universo dará o que se precise, sem que tenha de se fazer nada para facilitar isso, ainda é uma triste fantasia pseudo-espiritualista que assola nossos tempos. Acostumado que estava à sua solidão, e sem querer abrir mão dela, meu cliente ia mascarando com sua falsa autossuficiência o seu dolorido vazio interior...
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