As relações como espelhos dos conceitos pessoais sobre afetividade (Os Amantes, do Osho Zen tarot). |
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A posição 1
representa a questão básica, o que de fato está acontecendo agora na sua vida
afetiva e íntima. É a sua situação emocional no momento.
A posição 2
mostra a que você está receptivo, que pessoas, energias e acontecimentos está atraindo.
A posição 3
revela o que você está mostrando ao seu meio ambiente, e ao mundo. Revela de
que modo você influencia o seu meio, e o que está mostrando de si mesmo
exteriormente.
A posição 4,
por fim, traz a resposta, a chave, aponta um caminho para a superação ativa do
problema. Um modo de contorná-lo ou superar ele.
Muitas pessoas conhecem este
sistema de disposição das cartas, muito embora eu não saiba quantas o usam de
fato. Considero muito rico e esclarecedor esse método uma vez que traz para
você a responsabilidade sobre o que vive na sua afetividade! Você trouxe para
si mesmo através de suas posturas as pessoas com as quais se envolve. Se isso
o gratifica, ótimo! Mas se por outro lado isso o atormenta, então é hora de
refletir e de transformar a reflexão em uma ação transformadora!
Relações são espelhos e não
importa o quanto se repita isso, muitos ainda preferem culpar a sorte, o
destino, ou a interferência dos outros... Afinal é mais fácil, não é? É bem
verdade que as mensagens inconscientes que passamos ao mundo são moldadas em
grande parte pela educação que recebemos de nossos pais, e dos nossos exemplos
familiares e culturais. Para quem é reencarnacionista, como eu, há também sempre
a forte impressão de que essas mensagens podem ter sido moldadas bem mais
anteriormente naquela alma. O que de modo algum torna quem quer que seja vítima
de nada! Ao nos tornarmos conscientes temos a possibilidade de libertação
através da autotransformação, o ato mais revolucionário da existência!
Ao encararmos assim passamos a
ver a relação estabelecida com o outro como uma atuação exterior de nós mesmos.
Assim as relações felizes mostram uma perfeita sincronia entre o que alma
aspira e o que é expresso para o mundo. Do mesmo modo as relações problemáticas
revelam uma falta de sintonia entre a alma e sua autoexpressão. Poderíamos
dramatizar essa ideia como uma pessoa que diz “Me deixe” mandando beijinhos, e
outra que diz “Me ame” mostrando dentes num esgar enraivecido. Sei que pode
parecer ridículo, mas muitos fazem isso sem se dar por conta todos os dias e de
muitas formas. A que manda “beijinhos” se queixa de que os outros não a
respeitam, nem reconhecem seus limites. A que mostra os dentes se queixa
dizendo que as pessoas não reconhecem seus atos de amor, nem o quanto ela se
esforça pela relação. Ora, trazendo isso para o dia a dia, quem não conheceu
alguém que dizia amar muito, mas esquecia compromissos, não cumpria as
promessas, ou se afastava em momentos críticos do (a) parceiro (a)? Para essas
pessoas todo esse cuidado parece uma cobrança tola, e de que os sentimentos é que
deviam importar, e provavelmente se queixam de que as relações são só cobranças
sem fim. Para esses vale lembrar que paixões ou sentimentos intensos devem ser
reforçados em seu sentido. Se você é um torcedor que nunca vai ao estádio nem
vê partidas do seu time na tevê... Você tem um time pra quê afinal? Por mais
simplória que possa parecer essa afirmação ela reflete um princípio básico que
se espelha também nos relacionamentos, o de fomentar e estimular as emoções
prazerosas, intensas e gratificantes que nos ligaram a algo, quer seja um time,
um grupo, uma filosofia ou um relacionamento! O exercício de amar é o que faz a
interação e a conexão com a coisa amada mais intensa e gratificante! Infelizmente
vivemos na era do egoísmo, onde a maioria das pessoas querem alguém que se
encaixe nos seus sonhos sem se perguntar se elas mesmas se encaixam nos sonhos
de alguém. Há cada vez mais pessoas que querem amar sem fazer concessões, que
se acham maravilhosas com hábitos inocentes, ou perfeitos, aos quais são muito
apegadas, e que o outro é que deve mudar! Não é a toa que cada vez mais pessoas
se sintam só, que vivam só, que se tornem depressivas, ou que mergulhem em
ralações cada vez mais destituídas de significado, onde o ato mais íntimo do
corpo, o sexo, seja utilizado como substituto para o ato mais íntimo da alma, o
Amor.
O Amor, a delicada arte de equilibrar comprometimento íntimo com liberdade (O 2 de copas, do Osho Zen tarot). |
Os dois tipos aqui citados são
apenas uma generalização dos problemas mais comuns que se encontram nos
relacionamentos humanos, mas infelizmente não são os únicos! Se há uma coisa
que a humanidade sabe complicar é justo aquilo que é o mais importante para si,
e o Amor e as relações afetivas estão no epicentro desses problemas. Este sistema de disposição das cartas
desenvolvido por Gerd Ziegler é uma ferramenta valiosa no processo de
desenvolvimento pessoal e superação das crises de relacionamento, e que não se
limita apenas às relações amorosas, mas se aplica também às amizades, às
parcerias de trabalho e de crescimento espiritual, e toda a interação humana
onde as personalidades se choquem dominadas pelos condicionamentos dos seus
egos!
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