O Tarot Como um Caminho...
Com mais de cinquenta anos de jornada Jussara Bohrer é com certeza a taróloga mais antiga ainda em atividade no Rio Grande do Sul. Além de especialista em tarot ela é terapeuta floral, uma das percussoras dessa prática terapêutica no estado, e também facilitadora de dinâmicas grupais. Depois de muito ouvir falar no seu trabalho a convidei em 2023 para o GITA – Grupo Interdisciplinar de Tarot – projeto que iniciei em 2023 na fundação F.E.E.U de Porto Alegre, onde conheci sua perspectiva prática e muito estratégica de abordar a simbologia do tarot. Aplicando-o realmente como um guia ou bússola para os dilemas da vida comum. Tive desde sempre vontade de registrar suas ideias sobre tarologia, e eis que lhe mandei algumas perguntas que ela respondeu de forma clara e direta como ela mesma o é no seu trabalho.
O Hierofante, do Golden Tarot, de Kat Black |
1) Como, e com quem, começou a sua trajetória com o tarot?
J – Eu ganhei um tarot quando tinha 17 anos, da minha madrinha, ela jogava baralho cigano, eu não conhecia, mas já tinha pesquisado nas monografias do Rosacruz.
2) O que motiva a continuar seu trabalho com os Arcanos mesmo depois de tantos anos?
J – O tarot já faz parte de mim, apesar do tempo sempre surge situações novas e interessantes.
3) Como começa, normalmente, a sua consulta? Tem algum método de abertura das cartas de sua preferência?
J – Sempre gosto de falar no geral sobre energia, chakras, astrologia, cristais... Eu gosto de iniciar sempre pela saúde. Jogo de forma direta e objetiva.
4) O que torna sua abordagem do tarot diferente, digo qual é a marca que procura deixar com seu trabalho nas pessoas que lhe procuram?
J – Eu utilizo tarot somente para orientação das situações que são mais prementes, incentivo as pessoas a terem iniciativas, para não ficarem dependentes.
5) Como vê o desenvolvimento da cultura do tarot nos dias atuais? Quais pontos positivos e negativos percebe na divulgação do tarot hoje em dia?
J – A partir dos anos 90 ele deixou de ser marginalizado para ser "cult". Mas, percebo muita desinformação, exagero, uso indevido, enfim, ficou banalizado.
Jussara Bohrer, dedicação e competência; um exemplo de dedicação à cultura do tarot! |
6) Existe algo que acredite ser importante de fazer para reduzir ou eliminar esta banalização?
J – Eu tento, sempre aconselho as pessoas que procuram conhecer melhor estes assuntos a buscar livros, cursos, revistas dos anos 70 até o final dos anos 80, que têm estudos mais aprofundados.
7) Neste momento tão difícil, da nossa história qual seria a contribuição que o estudo e o desenvolvimento da tarologia pode dar à humanidade?
J – O entendimento que se pode adquirir através deste estudo minimiza muitas dúvidas e principalmente evitam possíveis manipulações.
8) Tem algum recado que gostaria de deixar aos buscadores da via espiritual ou aos estudantes do tarot do nosso tempo?
J – Sempre que eu posso eu estimulo as pessoas que buscam, ativar sua intuição e principalmente respeitá- lá. O tarot que é uma tradição lunar tem que ser regido pela intuição e não por métodos.
9) Existe algum exercício adicional que recomende para o desenvolvimento intuitivo ou a prática do tarot já é este exercício?
J – Técnicas de expansão de consciência, meditação, dinâmicas de percepção dos sentidos, dos elementos. E o entendimento do próprio tarot sem sensor é um ótimo exercício.
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