Aqui algumas das possibilidades de aplicação das cartas do tarot que encontramos nos dias de hoje à disposição tanto de quem aprecia as orientações dos arcanos, quanto para os estudiosos da simbologia esotérica do tarot como um todo
Oráculo – A mais fascinante
e conhecida aplicação dos arcanos é, com certeza, a de instrumento oracular! De
fato o tarot pode fornecer uma descrição impressionantemente detalhada dos
eventos, e também dos sentimentos e pensamentos envolvidos num dado momento do
presente, revelando tanto influências passadas quanto tendências futuras. Os
arcanos nos possibilitam a avaliação de uma questão por muitos ângulos, quer
seja emocional, intelectual, prático, energético ou espiritual, respondendo
qualquer questão dirigida às cartas. Da mesma forma o tarot pode também revelar
se há a influência e ou a participação de terceiros num determinado evento e a
intensidade com isso se dá. Todas essas peculiaridades fizeram com que seus
prognósticos e orientações se tornassem extremamente populares! Assim sendo muitos
leitores do tarot se especializaram em fazer previsões, e com resultados bem
detalhados e precisos, que instigam os estudiosos e pesquisadores da alma
humana e incomodam os céticos! A excessiva exploração oracular do tarot
entretanto, acabou criando uma tendência das pessoas de ou o temerem, ou se
tornarem dependentes de suas orientações e previsões para levar suas rotinas
adiante, ou seja, meros expectadores passivos da própria vida!
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Autoconhecimento & Terapia – Com o tempo percebeu-se que as cartas podiam fazer mais do que descrever e prever, podiam também revelar tendências inconscientes projetadas nas vivências que se espelhavam nos arcanos. Com isso nascia a abordagem terapêutica do tarot. Fundamentada sobretudo nas teorias junguianas, essa nova visão se propunha a olhar mais profundamente os eventos que motivavam a consulta com o propósito de auxiliar o consulente a reconhecer, para em seguida superar, programações inconscientes que criavam condicionamentos restritivos no comportamento. As cartas do tarot logo se tornaram parceiras de muitas terapias complementares, como renascimento, reiki, terapia floral, terapias corporais, terapia de vidas passadas etc. Vale lembrar que a abordagem terapêutica do tarot não exclui sua aplicação oracular, apenas inclui uma nova perspectiva, de maior responsabilidade sobre a própria vida, para a construção do que chamamos de destino. Infelizmente houve uma excessiva psicologização da linguagem terapêutica no tarot, o que enfatizou demais o viés racional do oráculo e comprometeu a abordagem de cunho mais profundo e espiritual.
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e O Tarot e as Terapias Complementares
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Em seu livro *Setenta e Oito Graus de Sabedoria, Rachel Pollack conta que numa meditação para o encontro com o arcano de A Força, ela avistou a moça com o leão, a fera veio em sua direção e a atacou! Rachel diz que muitas vezes a meditação não irá além de uma conscientização da carta ou de uma descoberta de ideias novas a respeita dela ou de você mesmo. Por outro lado pode auxiliar no desenvolvimento de um sentimento mais profundo e mais pessoal de alguma carta, o que pode ser um grande ganho no autoconhecimento e crescimento interior. Existem inúmeras técnicas meditativas a escolher. Procure autores ou instrutores experientes para conhecê-las e escolher pelo menos uma.

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Na maioria das vezes escolhemos uma ou duas das aplicações dos arcanos do tarot para nos “especializarmos”, por assim dizer. E dificilmente desenvolveremos todas, simplesmente porque elas exigem aspectos diferentes de nós mesmos e cada variação no modo de usar as cartas se adaptará a um modo de sermos. Mais intuitivos, ou mais místicos, mais filosóficos ou mais corpóreos e práticos, e assim por diante. O maravilhoso disso tudo é estaremos todos usando o mesmo instrumento e usando cada um a sua maneira!
Na maioria das vezes escolhemos uma ou duas das aplicações dos arcanos do tarot para nos “especializarmos”, por assim dizer. E dificilmente desenvolveremos todas, simplesmente porque elas exigem aspectos diferentes de nós mesmos e cada variação no modo de usar as cartas se adaptará a um modo de sermos. Mais intuitivos, ou mais místicos, mais filosóficos ou mais corpóreos e práticos, e assim por diante. O maravilhoso disso tudo é estaremos todos usando o mesmo instrumento e usando cada um a sua maneira!
* Vol I e II. Editora Nova Fronteira, São Paulo, 1991