sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O Segredo dos Círculos Magicos


O círculo é a mais antiga representação da totalidade da vida. Mesmo quando o homem acreditava que o mundo era quadrado ele observava o giro circular dos planetas e pensou que embora a Terra fosse achatada, o céu era circular ou esférico. 
Andar em círculos é uma maneira de se sintonizar com o tempo real do universo, pois assim como o tempo, também não tem nem princípio nem fim e é contínuo. Na cidade sagrada de Meca os peregrinos muçulmanos devem circungirar sete vezes em torno da Caaba, o local de adoração do islã. 
Combinando isso a percepção de que os planetas giram sobre nossas cabeças e nos  influenciam, o círculo passou a ter o significado de destino. Assim, toda vez que nos colocamos no centro de um círculo estamos nos colocando também no centro do universo! O que dá total sentido ao axioma esotérico que diz que: "O centro do universo está em toda parte e sua circunferência não está em parte alguma". Somos todos o centro do universo quando despertamos do caos das mentes massificadas e nos descobrimos como centros auto criadores da própria realidade.
Uma bruxa dentro do seu
circulo mágico
.
Colocar-se dentro de um círculo é uma antiga prática tanto mágica quanto meditativa. Indica que todo o poder está concentrado numa parte específica do espaço e que nos colocamos tanto como os catalisadores quanto emanadores das forças evocadas ali.
A ideia de se fazer um círculo é a de delimitar um espaço de ação interior ou espiritual. Todas as culturas se utilizaram deles para iniciações, magia e reflexão. No zen budismo os círculos concêntricos simbolizam a consciência pura. No hinduísmo as mandalas são representações dos padrões que criam e destroem a criação. No xamanismo os iniciantes na religião da natureza colocavam-se em círculos de pedras para obter a visão do seu destino como xamãs ou do seu animal de poder. Stonehenge vem a ser o mais antigo e famoso dos círculos iniciáticos que se tem conhecimento. O círculo mora dentro de nós como símbolo do espaço sagrado. O campo de trabalho onde expressamos nossos dons e talentos. 
A Mandala astrológica, um popular
sistema de leitura do tarot. 
Por esse motivo precisamos de uma mesa de trabalho, onde nos cercamos (No sentido de nos circularmos) com os objetos do nosso ofício, independente de qual seja nossa atividade. O tarólogo geralmente estende um pano onde executará sua prática de interpretação dos símbolos. No mapa astrológico natal os planetas são representados dentro de uma mandala. A circuncisão, que consiste em cortar a pele em torno da glande, é um ato íntimo de união com o divino em religiões como o judaísmo. Quando nos colocamos no centro de uma circunferência estamos na verdade entrando no grande "Um" da existência, nos tornando unos com algo maior que nós mesmos. 
Na geometria sagrada o círculo é um ponto estendido e simboliza o um, o número que gera todos os outros, o número da comunhão com o todo cósmico e transcendente. Outro axioma diz que: "Por um ponto passam infinitas retas", e ao desenhar um círculo nos tornamos um ponto para onde as forças invisíveis da natureza e da psique convergem. Entrar numa roda desenhada no chão com um graveto, ou com um giz, ou ainda feita com pedras ou velas, é um salto para dentro, mesmo que seja apenas para relaxar, refletir, orar, ou consultar um oráculo! O que também pode ser feito mentalmente, sem com que se mova um único músculo, mas com efeitos bem perceptíveis. Experimente essa que vem a ser a mais antiga, profunda, mas também a mais simples das práticas mágicas da história da humanidade!

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