Os sonhos são a parte mais misteriosa da natureza humana. Muitas são as teorias sobre suas origens. Para os antigos os sonhos eram portais por onde os Deuses podiam emitir sinais reveladores sobre o destino e até mesmo a saúde das pessoas. Da mesma forma espíritos maléficos podiam entrar através dos nossos sonhos (Os pesadelos) e a partir deles nos fazer mal.
Freud, o pai da psicanálise, disse que os sonhos eram a expurgação de todo o material não trabalhado pelo consciente. Ou seja, tudo o que não dissemos ou não fizemos, as coisas que não conseguimos “tirar da cabeça” formavam aquilo que chamamos de sonhar. Até mesmo o guru indiano Osho cometeu o erro de classificar os sonhos como apenas mais uma parte da mente, e que o ideal era ter um sono sem sonhos. Hoje se sabe um pouco mais sobre o sonhar. Sabe-se inclusive que pessoas saudáveis, tanto do ponto de vista físico quanto psicológico sonham, e muito, embora a maioria não se lembre dos sonhos que teve!
A visão freudiana excluía muitos fatos sobre a natureza dos sonhos. Por exemplo, a predição. Muito frequentemente as pessoas sonham com coisas que estão por acontecer e elas de fato acontecem! A tendência a prever o futuro ao sonhar é chamado de vidência *onírica, um tipo muito espontâneo de vidência que consagrou muitos filmes e séries de televisão. Mais recentemente a série Medium onde a vidente Allison DuBois (Interpretada pela atriz Patricia Arquette) resolve casos policiais com seu dom, nada comum ou controlável. Em muitos episódios ela mesma fica confusa com as mensagens que recebe sobre os crimes que está investigando. Essa peculiaridade da ficção expõe duas verdades sobre os sonhos: 1º) Eles são simbólicos, ou seja, cifrados. Suas mensagens nem sempre são claras e muito menos objetivas. Sua interpretação deve ser bem menos racional e mais intuitiva, por assim dizer. 2º) Nem sempre são controláveis. Algumas técnicas desenvolvidas recentemente permitem realizar o que se chama de sonho consciente. Uma forma de sonhar que nos permite saber o que ocorre no mundo onírico e interagir com os fatos lá ocorridos, podendo até obter orientações. Não há, entretanto, nenhuma garantia de que eles funcionam sempre!
A visão freudiana excluía muitos fatos sobre a natureza dos sonhos. Por exemplo, a predição. Muito frequentemente as pessoas sonham com coisas que estão por acontecer e elas de fato acontecem! A tendência a prever o futuro ao sonhar é chamado de vidência *onírica, um tipo muito espontâneo de vidência que consagrou muitos filmes e séries de televisão. Mais recentemente a série Medium onde a vidente Allison DuBois (Interpretada pela atriz Patricia Arquette) resolve casos policiais com seu dom, nada comum ou controlável. Em muitos episódios ela mesma fica confusa com as mensagens que recebe sobre os crimes que está investigando. Essa peculiaridade da ficção expõe duas verdades sobre os sonhos: 1º) Eles são simbólicos, ou seja, cifrados. Suas mensagens nem sempre são claras e muito menos objetivas. Sua interpretação deve ser bem menos racional e mais intuitiva, por assim dizer. 2º) Nem sempre são controláveis. Algumas técnicas desenvolvidas recentemente permitem realizar o que se chama de sonho consciente. Uma forma de sonhar que nos permite saber o que ocorre no mundo onírico e interagir com os fatos lá ocorridos, podendo até obter orientações. Não há, entretanto, nenhuma garantia de que eles funcionam sempre!
A série Medium, com Patricia Arquette, enfoque no
uso do dom da vidência através dos sonhos.
uso do dom da vidência através dos sonhos.
O psicólogo suíço C.G Jung disse que o consciente está para o inconsciente como uma ilha está para o mar que a rodeia. Por esse prisma a demanda do inconsciente é muito grande e está sempre tentado interagir ou integrar-se ao mundo consciente. Tal integração se dá mais eficazmente através dos símbolos. Alguns de cunho universal que são reconhecidos no grande inconsciente coletivo da humanidade (Como no caso dos símbolos do tarot ou da astrologia) e os símbolos pessoais, que a certa altura se mesclam com os arquétipos universais. Estes símbolos pessoais aparecem com mais assiduidade nos nossos sonhos. Para deixar mais claro vamos exemplificar assim: Se uma pessoa teve uma avó morando numa ilha, por exemplo, e suas visitas a casa dessa avó eram de muito prazer, é possível que ela venha a ter muitos sonhos em que se vê voltando para aquela ilha num período da vida em que esteja sentindo falta de mais prazer e aconchego. A ilha costuma ser vista como um símbolo da necessidade de isolamento ou de um profundo sentimento de solidão. No caso específico desse exemplo vemos uma situação em que ela revela um intenso sentimento de busca por acolhimento, em primeira instância. Apenas de modo secundário podemos perceber uma tendência a se isolar do meio que cerca a pessoa fictícia do nosso exemplo. Nesse ponto o símbolo arquetípico pessoal entra em sintonia com o arquétipo transpessoal.
Como mencionei no começo desse artigo os sonhos são o mistério mais consistente da humanidade! A visão psicológica é muito importante, mas não resume de modo algum a real natureza dos sonhos. A psicologia é apenas uma forma racional de tentar explicar a vida e que não para de se reinventar justamente porque não possui conclusões definitivas de nada. Não passa da mente humana tateando dentro da sala escura da alma!
Xamãs, interação perfeita com o mundo onírico
Os xamãs de todos os povos chamados de primitivos, como os aborígenes australianos e os pueblos norte americanos, talvez tenham desenvolvido a ligação mais profunda com o mundo onírico. Viam nos sonhos sinais tanto de saúde, quanto de avisos espirituais, ou mesmo orientações para empreendimentos práticos como o resultado das plantações ou de viagens. Muitas vezes eles mesmos entravam em seus próprios sonhos para obter respostas para questões importantes e realizavam com isso o voo xamã, o que se supõe que fosse uma viagem astral em estado de sono, onde recebiam do Grande Espírito, ou Grande Mistério, as revelações de que precisavam. Quando não conseguiam resignavam-se dizendo que a revelação não era possível ainda! A mente racional e conquistadora do homem branco é que tende a forçar respostas quando estas não são possíveis. Para entender a linguagem dos sonhos é preciso se aproximar delas como um místico (Aquele que procura uma experiência pessoal com Deus), e não como um inquisitor ou um conquistador!
*Referente a sonho.
*Referente a sonho.
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